User:Orlando de Tersos Domingos

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                ===== Minha História =====

  • Orlando cursou o secundário no colégio estadual João Florêncio Gomes, em Salvador, sua cidade-natal. Em 1988, com 17 anos, organizou e dirigiu um grêmio, através do qual reivindicou a presença de professores na Secretaria Estadual de Educação.

Em 1989 ingressou na faculdade de direito na Universidade Católica de Salvador e, em 1990, foi membro da diretoria do Centro Acadêmico Teixeira de Freitas. Em 1991 foi eleito para a direção do DCE, onde permaneceu até metade de 1992. Nesse mesmo ano, foi eleito tesoureiro da União Nacional dos Estudantes, participando ativamente do movimento “Fora Collor”, que causou o impeachment do então presidente Fernando Collor de Melo. No ano seguinte, em 1993, ocupou o cargo de diretor de comunicação, até que, em 1995, foi eleito presidente da UNE. Era a primeira vez que um negro ocupava o cargo de presidência. A eleição foi marcante também porque significou o início da hegemonia do PCdoB no movimento estudantil.

No primeiro congresso da era FHC, o 44º, em Brasília, na Academia de Tênis, a UNE elegeu o seu primeiro presidente negro, o baiano Orlando Silva Junior. Era junho de 1995, mesmo ano em que se celebrava o tricentenário da morte de um dos primeiros heróis brasileiros, Zumbi dos Palmares. Mais de oito mil estudantes (dos quais 5.346 eram delegados) compareceram ao congresso em que a chapa vencedora “Saudações a quem tem coragem”, nome extraído de música do grupo Barão Vermelho, era, mais uma vez, do PCdoB.

Já no dia seguinte à eleição, a UNE, debaixo de forte repressão policial, participou de concentração contra a quebra do monopólio estatal do petróleo, que violaria o artigo 177 da Constituição Brasileira. E esta seria uma das tônicas da gestão de Orlando, que se destacou na luta contra as privatizações da Vale do Rio Doce e das empresas estatais consideradas estratégicas para o desenvolvimento nacional, como a Telebrás, que motivou grandes manifestações, sobretudo no Rio.

A outra ênfase foi dada à denúncia do caráter conservador das reformas propostas pelo governo, especialmente para o ensino superior. Fernando Henrique Cardoso não obteve uma trégua da UNE. As aposentadorias em massa de professores, alarmados com o projeto de reforma da Previdência, levaram os estudantes ao primeiro protesto de rua.

Outra iniciativa de repercussão foi a campanha contra o chamado exame nacional de cursos, uma avaliação do MEC que os estudantes apelidaram de Provão. Com a divisa “O Provão não prova nada, queremos avaliação de verdade!”, a UNE desencadeou uma polêmica nacional em torno do assunto e muitos boicotaram a prova, entregando-a em branco.

Em compensação, a UNE de Orlando Silva buscou uma aproximação com reitores, professores e servidores das universidades, assim como uma reaproximação com os seus ex-presidentes, 17 dos quais estiveram, em 1997, na solenidade alusiva aos 60 anos da entidade, que mereceu até selo comemorativo dos Correios.

Em 1997, durante o 45º Congresso da UNE, Orlando Silva foi substituído pelo carioca Ricardo Capeli na presidência da entidade. O ex-ministro foi eleito presidente da União da Juventude Socialista (UJS).

Orlando foi eleito presidente da UJS em abril de 1998, durante o IX Congresso Nacional da entidade, em São Paulo. Os delegados presentes aprovaram um manifesto, “Socialismo com a nossa cara”, em que defendia a soberania nacional contra as privatizações do governo FHC.

Nesse ano, a UJS apoiou a candidatura de Lula para a presidência da República, mas, a reeleição de Fernando Henrique Cardoso derrubou a terceira tentativa do petista, ainda no primeiro turno. O slogan da UJS para a batalha eleitoral era “Sem emprego não dá”.

Em 1999, com a bandeira “Fora FHC!”, a UJS de Orlando Silva lançou, junto com o Fórum Nacional em Defesa de Trabalho, Terra e Cidadania, um abaixo-assinado pedindo CPI para o presidente no caso Telebrás, quando a estatal ganhou sócio privado e repassou 51% de seu capital para a americana AES.

Já em 2000, com o lema “a consciência do povo daqui é o medo dos homens de lá!”, a UJS realizou seu 10º Congresso Nacional em Ouro Preto, Minas Gerais, e elegeu novamente Orlando Silva para a presidência da entidade. O Congresso iniciou um processo de reflexão sobre a realidade e os problemas da juventude, elaborando políticas e bandeiras que abriram caminho para a diversificação da UJS em várias frentes.

No ano seguinte, a UJS realizou no município de Nazaré Paulista uma grande plenária nacional para um grande balanço sobre o então governo FHC. O evento entrou para a história como o último ato de Orlando Silva à frente da entidade. A plenária aclamou Wadson Ribeiro, recém-saído da presidência da UNE, como novo presidente da UJS.

Após sair da presidência da UJS, Orlando Silva foi chamado para trabalhar no setor de educação do Centro de Estudos Sindicais (CES). O objetivo principal da instituição é contribuir vigorosamente para a formação política e sindical dos dirigentes e militantes sindicais. Orlando, na época, também editava a revista “Debate Sindical”, uma das mais importantes para o movimento sindicalista, que crescia no Brasil.

No governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva exerceu os cargos de secretário Nacional de Esporte, secretário Nacional de Esporte Educacional e secretário-executivo do Ministério do Esporte. Em 3 de abril de 2006, foi empossado no cargo de ministro.

Orlando Silva realizou os Jogos Pan-Americanos e os Jogos Parapan-Americanos de 2007, com grande sucesso e recorde de medalha de ouro e colocou o país no centro da agenda esportiva internacional pelos próximos 10 anos ao trazer a Copa do Mundo de 2014 para o Brasil. Entregou 6.000 obras de infraestrutura esportiva em todo o país, de quadras em escolas até grandes complexos esportivos, ampliando a prática esportiva em todos os estados.

Desenvolveu o Bolsa Atleta, maior programa de apoio direto a atletas de alto rendimento do mundo, além de programas sociais como Segundo Tempo e Esporte e Lazer das Cidades, oferecendo atividade física orientada para um número de jovens e crianças nunca antes alcançado no Brasil.

Também elaborou e implantou a Lei de Incentivo ao Esporte, estímulo fiscal para investimento privado no esporte, uma reivindicação de 40 anos do setor. Ainda garantiu a ampliação da produção de ciências do esporte e implantou medidas para apoiar o futebol, sobretudo os clubes formadores.

Denúncias[edit]

Entre o final de 2007 e o início de 2008, Orlando Silva figurou em meio às denúncias de gastos supostamente irregulares nos cartões de crédito corporativos distribuídos pelo governo federal a alguns servidores para custear despesas extraordinárias. A imprensa divulgou que o ministro efetuou alguns pagamentos em restaurantes em dias que, segundo a agenda divulgada pelo ministério na internet, não haveria compromissos oficiais. O ministro, porém, foi a público esclarecer que a equipe interna identificou o erro muito antes da denúncia. Para não haver qualquer equívoco, Orlando pediu uma auditoria para avaliar o ocorrido e obter transparência no resultado.

O ministério, inclusive, justificou à altura alegando que havia "problemas de atualização" na divulgação da agenda.[2] O gasto mais polêmico foi com a compra de uma tapioca por R$ 8,30, alegadamente devido a um engano na utilização dos cartões (o ministro teria um cartão de crédito pessoal semelhante ao cartão corporativo, e os teria confundido na hora do pagamento). O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou o assunto isentou o ministro de culpa.[3]

No decorrer do escândalo, Orlando Silva devolveu todo o dinheiro gasto no cartão do qual era portador, no total de R$ 30.870,38. Foram devolvidos os gastos realizados conforme a legislação. Orlando afirmou que essa atitude não passava de um gesto político, que refletia a indignação frente as acusações.

Após 12 dias sem provas para as acusações, em 26 de outubro, Orlando se demitiu para, segundo ele, poder se defender melhor das denúncias e evitar que seu partido seja usado contra o governo.[4] [5] Em 27 de outubro de 2011, Orlando Silva foi substituído no Ministério do Esporte por Aldo Rebelo.[6]

O ex-ministro Orlando Silva também foi apontado como beneficiário de um suposto esquema de desvio de dinheiro público por meio de convênios de sua pasta com ONGs, pelo policial militar João Dias Ferreira [7] , investigado como integrante do grupo. [8]

Houve ainda a acusação do ex-ministro ter estado à frente de um programa governamental, o Segundo Tempo -- sob o controle do PCdoB -- e que seria destinado a promover a inclusão social mas que, na realidade, teria se transformado em instrumento político-eleitoral, e através do qual, teria firmado contratos, sem licitação, que somaram cerca de R$ 30 milhões, com ONGs ligadas ao partido.[9]

Processo arquivado na Comissão de Ética Pública[edit]

Orlando continua na batalha pela resolução do caso -- denúncias de gastos supostamente irregulares nos cartões de crédito -- até hoje. A Advocacia Geral da União impetrou uma queixa criminal e uma ação penal contra os dois detratores que o acusaram.

No dia 12 de junho de 2012 foi inocentado pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República por absoluta falta de provas. O caso, no entanto, não repercutiu entre os meios de comunicação da mesma forma com que foi registrada as notícias que antecederam seu afastamento.